Monday, January 19, 2009

Pensamentos em retrospecto ...

Estes dias eu tenho tentado refletir, avaliar algumas situações, sentimentos ... Mas pareço tão impenetrável ultimamente, me protegendo de tudo, até de mim mesmo... E não quero gastar energias nisso, pelo menos não agora.

Então vou postar algo que escrevi há pouco tempo atrás, no meu diário. Segue :

Em quinze de Julho de 2008.

Tenho conversado muito sobre relacionamentos e sobre sexo também... E tenho percebido o quanto tenho me afastado e evitado me envolver. E ainda não diagnostiquei este meu "desinteresse".
Às vezes penso que pode ser depressão.
Às vezes penso que é pura falta de opção.
Às vezes penso que é desilusão, com as pessoas e comigo também.

Porque na teoria, eu até posso dar aulas sobre relacionamentos...
Porque na prática eu não sei amar... E acho que não sei ser amado.

Não sei se o amor é algo que deve ser merecido e não se se mereço ser amado.
Não me vejo envelhecendo com alguém, não me vejo confiando... Ou melhor, até me vejo confiando, porque tenho esta tendência de confiar, acreditar sempre... até que um olhar ou um comportamento qualquer faça com que eu pense que sei exatamente o que se passa na cabeça do outro... ( Aí que tudo começa a afundar... )

Engraçado e talvez até bom - a solidão não tem me assustado tanto quanto antes. Na realidade, muitas vezes o meu anseio é pelo silêncio. Sabe, o silêncio que cura? É este silêncio que procuro.
Antigamente eu procurava conforto em companias - precisava de alguém, de ouvir alguém respirando ao meu lado... E para conseguir esta compania "salvadora", eu me submetia à diversas crueldades, as quais eu mesmo provocava ou recebia gratuitamente.
Quantas vezes me vendi por nada? Quantas vezes, em busca de alguma afinidade, ou no maior dos desesperos, de um toque, um cheiro, uma voz, um calor; não aceitei ser humilhado de alguma forma ou rebaixado a apenas um pedaço de carne ?

Por tanto tempo eu não entendi meu comportamento. E talvez ainda nem tenha dez % de idéia do significado de como agi e como tenho agido... Mas tenho aprendido que somente eu posso me salvar de mim mesmo... Que pessoas que usei como "tábua de salvação" foram apenas instrumentos canalizadores para eu me conhecer melhor e saber lidar comigo mesmo.
E veja que interessante... No final das contas, o meu egocentrismo disfarçado é tão grande e tão bem dissimulado que, por mais que eu tenha amado e sofrido sucessivas mortes pelo o que chamam de "amor" , foi tudo por mim... Eu usei cada pessoa que passou em minha vida de maneira significativa como um espelho, para que eu me olhasse através dos olhos de outrem e enxegarsse dentro de mim, coisas que meus olhos sozinhos não conseguiriam ver.

E aqui dentro, nada tem me assustado ultimamente... O que me assusta são as escolhas que surgem `a partir dessas voltas dentro de mim.

Minha tendência à justiça não me alcança.

Thursday, January 08, 2009

And i love u more than i ever have in my whole life...

Assim canta Alanis num dos versos da musica The Couch, do album que eu amo - Supposed Former Infatuation Junkie. 
Alanis sempre consegue falar por mim.

Enfim... Muito tempo se passou sem eu postar... Ja rodei meio mundo... Fui trabalhar num navio... Conheci tantas pessoas, tantos lugares... Nao vou postar sobre tudo o que aconteceu.... Mas o que tenho sentido agora. 

Sinto como se eu movesse muito devagar... Como se tivesse perdido a nocao de tempo, do ontem e do hoje e amanha... Perdido mesmo ao levar sustos dos sinais que o tempo tem passado muito depressa.
Sinto como uma necessidade grande de estar junto de alguns que amo, porem nao perto o suficiente para tocarem em mim.

Um vazio grande que toma minha mente - um afastamento quase que me torna um zumbi de mim mesmo. Conseguir neutralizar pensamentos ferozes que me destrocavam... E agora, o que resta? 

O tempo, que passa. O caminho em que nao deixo pegadas. A criatura que se faz vitimizar pela inercia.


Eu preciso ir. Preciso.