Escondia um aspecto triste ou melancólico.
Anunciava uma expressão divertida,
Uma expressão de magnetismo, algo que impregnava.
Impregnava de pontos de interrogação e algumas exclamações.
Colocava-o e transformações ocorriam -
Um pouco de riso, um tanto sexy, ou como um psico disse-me certa noite :
"Esse chapéu esconde o rosto bonito que você tem."
_ Só um psico pra enxergar tal coisa.
O fato é que aquele chapéu funcionava como um escudo -
Um escudo contra olhares de curiosidade mórbida,
Um escudo contra a auto-estima bagunçada,
Um escudo contra uma tristeza recorrente.
Tornou-se parte da armadura do contentamento.
Aquele, disfarçado por riso vazio e um copo cheio.
Como uma autora diz - foi me ajudando a fingir até eu pseudo-conseguir.
Agora o chapéu se foi.
O chapéu do mágico.
Perdido em algum buraco, em algum banco.
O escudo não foi baixado, ele realmente desapareceu.
E fiquei sem defesas - talvez por perceber que realmente não havia do que proteger-me.
Curiosidade mórbida não me incomoda.
Auto-estima é como meu quarto - bagunçado até onde permito.
Tristeza é aceita e vivenciada e reciclada - Sempre tira-se algum proveito.
Contentamento é inadmissível.
Risos vazios são menos frequentes e também os copos cheios.

1 comment:
Oi tiooooo
bjuuus
De sua sobrinha Giulia
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