Mas não é o que parece acontecer.
O direito de ser e não apenas existir está aí.
É, deveria confortar. Mas não é o que acontece.
Não quero reclamar, não quero ficar apático.
Essa espécie de limbo, esse quase...
Isso atormenta. Atormenta mais que o reconhecimento da linha limite.
Quando chega o limite, ao menos, sabemos que temos que trabalhar com aquilo e nada mais.
Que ou é feliz com aquilo ou morre na tristeza com aquilo mesmo.
Não é o caso, minha mente não deixa.
Sempre há uma possibilidade.
Animalzinho estranho esse, que deseja a morte de tão triste,
e se agarra ao mais ínfimo espectro de esperança que possa haver.
2 comments:
Caríssimo Paco, que texto angustiante e por isso mesmo, belo para meus sentidos...tento sempre captar o que me serve, onde me encaixo, ou me vejo, ou encontro sentimentos que me despertam a curiosidade, e neste texto tem um pouco de tudo isso, não tenho como definir, mas sinto, sinto como se fosse na minha pele, como se estivesse a beira de um precipício onde lá embaixo existem vários colchões de palavras...e "quando chega o limite temos de trabalhar com aquilo e nada mais." Mas algo eu sei, e encontrei aqui: por mais triste que eu esteja, sei que o mínimo de esperança vai me salvar ou me oportunizar uma nova possibilidade de continuar vivendo.
ps. Carimnho respeito e abraço.
Poxa Jair, legal seu comentário - fico feliz de poder transmitir um pouco do que sinto... Realmente, esse mínimo de esperança é o que nos salva. Grande abraço!
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