Wednesday, August 31, 2011

Vida de tripulante...

Fica ansioso pra escala sair para poder se programar para o mês que se inicia.
No meu caso, fico na base, longe da família, dividindo apartamento. Meio que aliviado por não estar participando dos problemas ( que não são meus ) em casa diretamente, mas com o coração apertado de saudade e preocupações.
Corre pro aeroporto, se apresenta à tripulação, na maioria das vezes pessoas que nunca viu na vida e que vai dividir responsabilidades sobre sua vida e deles e dos passageiros.
Sabe que aquelas são as únicas pessoas que pode contar em uma hora difícil, estando longe de casa. Então, na maioria das vezes, com aqueles estranhos, ele rí, desabafa, até chora. Sai para almoçar, fazer passeios, como se fossem grandes amigos, de longa data. E estes contatos são na maioria das vezes efêmeros...
Chega no hotel, troca de roupa, coloca a camisa para lavar, toma banho, vai pra internet ou, se tiver ânimo e o pernoite for bom, quem sabe um passeio?
Almoça e janta na maioria das vezes sozinho no quarto ou num shopping perto.
Faz caminhada sozinho para não enlouquecer ...
Centenas de vezes sorrindo, ajudando, "bom dia", "boa noite", "posso ajudar"? E centenas de vezes sendo ignorado também, ou até maltratado.
No avião, abre a marmitinha, sente aquele desânimo, se conseguir, engole aquilo que veio naquela caixa de papelão com um cheiro duvidoso ...
Sorri nas turbulências, nas tempestades, mesmo que seu coração esteja tenso.
Decola e pousa com um rosto sereno, mas pensando nos procedimentos de emergência... "E se acontecer uma emergência agora, onde estão as máscaras, os extintores, qual porta irei abrir mesmo? Sou o último a sair da aeronave, todos devem estar fora e salvos... Não posso esquecer os kits médicos, primeiros socorros, kits de sobrevivência na selva... "
Sai da aeronave, liga o celular, procura sinal lá na conchichina ... Verifica se alguém ligou, nem que seja a mãe pelo menos pra ver se pousou bem, se tudo está bem...
Tenta dormir na cama estranha, no travesseiro estranho, no cheiro que não é dele, e pensa: "Quantas pessoas será que ja dormiram aqui? E como será a vida destas pessoas?"
E com isso passam os dias, meses, anos ...
Os amigos casam, têm filhos.
Os pais vão envelhecendo... subrinhos vão nascendo e ele acaba adotando um subrinho ou outro como um filho...
Os laços de amizade ficam complicados ... Muitos que antes eram próximos, agora, agem como meros colegas... Enquanto outros, talvez os que ele não dava tanto valor, aguardam ansiosamente seu retorno, pra quem sabe apenas um dia de folga, pra quem sabe apenas uma cerveja e alguns risos e abraços que te fazem sentir parte de algo familiar.
Os romances tornam-se peculiares. A grande maioria das pessoas fora da aviação têm dificuldade em se adaptar à vida corrida e regrada por uma escala de um tripulante.
Outra parte tem dificuldade em entender particularidades como o cansaço, carência, stress. Alguns têm dificuldade em confiar, já que acham que temos muitas "oportunidades" por onde andamos...
Enfim, é uma loteria.
No final das contas, como qualquer outra profissão, há os prós e os contras. Somente vivenciando e tentando se adaptar que podemos tirar uma conclusão própria e bem particular - dependendo de o que você quer para sua vida, do que você pode proporcionar para os seus queridos, e claro, de quem está te acompanhando na sua jornada.

Saturday, August 27, 2011

What friday comes down to.

Feeling home, feeling you and all that one can't fake
As time passes and we go thru changes and uncertainties
Thru mistrust and sometimes even bliss
This fear of the unknown blows our minds and bodies
And words are spoken and we choke on impulsive acts
Though connectedness cannot be fake nor your deepest little flame.

Too much to handle when one realizes I mean every word I say
Cuz I've been used to be silent
Cuz I've been used not fake
And it might come as huge threaten or huge responsability
And fear of the unknown blows your mind and body

Still you see me sitting at the corner of your eye
Imaginary guitar real alcohol and cigarettes
And you wonder ... This tiny thing
And I tell you ... human eyes cannot see how big I can be.

And it might come as huge threaten or huge relief
I wanna tell you I've been there too
There's no need to make it any harder for me than it actually is to you
You can spin You can make scenes You can be mean
And I hold it.

No cristal thing here ( I suppose )
No blame nor argueing ( only internal )

You have shelter wherever I may be.