Sunday, November 27, 2011

Forró beira-de-estrada

Noite passada saí com conhecidos
Fomos à bares e danceterias
Lugares os quais não tenho qualquer tipo de identificação

Vi pessoas que costumo ver em outro bar que frequento
Talvez buscando o de sempre,
Talvez cansados do velho ambiente, sempre com o mesmo retorno

Vi pessoas tão diferentes de mim,
Maravilhei-me com a disposição de cada um para esquecerem seus problemas

Por uma noite, a moça que trabalha duro na casa de família, é a princesa do baile
Em seu vestido justíssimo, cores vivas, tecido barato e bijouterias
Com seus cabelos que poderiam ser como de suas patroas,
Bem tratados, esvoaçantes, não pesados de creme barato...
Caso o dinheiro que ganhassem fosse suficiente

Por uma noite, o rapaz que trabalha em construções, sol-a-sol
Com feições maltratadas e envelhecido antes do tempo devido,
Com semblante taciturno e gestos duros, torna-se um galante dançarino
Transpira ao rodopiar, como em transe,
Toda a dureza do dia-a-dia transforma-se em uma cadência leve
Suas roupas de mau-gosto honesto transformam-se em vestimentas de príncipes,
E a sinceridade de tudo o que querem se libertar,
E a sinceridade de tudo o que querem para aquela noite,
Torna todo o espetáculo algo lindo de se assistir.

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