Thursday, February 21, 2013

Antes os momentos de desespero eram mais frequentes,
Quase que como corriqueiros.
Hoje há o pavor do novo, do desconhecido,
Um pavor que me paralisa, que quase me anula.
Pego-me pensando em um dia no qual disse para a mãe :
"Mãe - não tenho medo de nada! Absolutamente nada!"
E hoje...
Bem, hoje é outra estória.
Como, em 5 anos, posso me tornar tão covarde?
Como, em 5 anos, envelheço mais que 20?
Para onde foi a coragem?
Apanhei tanto que me encolho quando aparece uma sombra?
É isso?
Não consigo entender o quanto me reduzi,
Nem o porque me reduzi...
Porque me tornei um rabisco,
Um rascunho mal-feito do que um dia fui.
Se antes fui embora para provar de curiosidades,
Para fugir do descaso,
Hoje vou embora para encontrar aquele que costumava ser.
Não aceito conviver com o que restou de mim.
Quero oferecer para eu mesmo o que eu sei que nasci para ser.

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