Monday, February 20, 2012

Quando tudo era cinza, suas cores me trouxeram vida.
Respirei do teu cuidado.
E ouvi tuas palavras como quem ouve canções de uma terra distante...
Maravilhado e intrigado por sons que me inebriavam.
Quando partistes, não voltei ao cinza.
Fui ao negro.
Do negro, à cor de terra morta... à cor da melancolia.
Mas nunca voltei ao cinza. ( Touro )

Quando tudo era terra morta, tu tinhas um pouco de verde em tuas mãos.
Enquanto insistias em ver-me, deixei teu verde desenhar algumas folhas ao meu redor.
Peguei algumas folhas e pensei que poderia fazer uma cabana.
E até mesmo que daquelas folhas, algo de vida cresceria.
Mas percebi que folhas soltas são folhas mortas, com aparência de vivas.
E então teu verde desbotou.
Mas não voltei à terra morta.
Tampouco voltei ao cinza. ( Capricórnio )

Agora as cores mudam aos poucos e o cenário se transforma.
Do cinza de nuvens carregadas,
Da terra morta e rachada,
Do verde de folhas soltas e dispersas ...
Sobrou o nada.
E o nada é uma palavra que espera uma definição,
( como diria a canção ... ) ( Peixes )

Ví, ao longe, um pouco de azul.
Como no céu, quando amanhece o dia - renascimento.
Como no azul de Picasso, retratando a solidão.

Mas nada me entristece - Aprendi que cada cor tem seu valor.
Mesmo o branco que deixaste em meu canvas esta noite - com tua ausência. ( touro )

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